Aviso: este post viola a integridade da língua portuguesa e pode deixar sequelas neurológicas irreversíveis.
Já devem ter ouvido falar do swag. Pelo que pude concluir, corresponde ao que no meu tempo de adolescente chamávamos dread (pronunciava-se "dréd") e creio que se aplica a:
- putos com a mania que são estilosos
- jovens adultos de classes sociais desfavorecidas
- talvez qualquer pessoa que use um boné, mas se refira a ele como “cap”?
Como se o swag não bastasse, um tal David Infante criou um termo, aplicável a um grupo distinto de indivíduos. Estamos a falar dos yuccies, os “jovens criativos que querem ficar ricos a fazer o que gostam”.
Espetacular! Quase ficava impressionada com esta descrição, não fosse o caso de ter uma pequenina falha. É que…
Esse é o desejo de todos os jovens!!!
(Já agora, yuccie parece-me um nome fofo para um cão, quase tão bom como yuppie.)
Outra pérola lida na notícia do DN: “Definimo-nos por aquilo que compramos.” Também quase fiquei impressionada com esta filosofia de vida. Acho que pussies materialistas seria um termo mais adequado para esta gente, mas não passa da minha opinião.
Aqui vai um desabafo: hipsters, yuppies, yuccies, swaggers, dodots, oreos, bananas, guardanapos, microondas… Rotulem-se como quiserem, mas ficam já a saber que ninguém com preocupações reais está interessado nessas tretas. E acreditem que Camões não ficaria orgulhoso do caminho que a nossa língua está a trilhar. Sim, o mesmo Camões que deu origem ao feriado de anteontem.
(Para quem está a pensar criar mais termos assassinos do nosso idioma - e também da nossa paciência -, deixo aqui um link que pode resolver esse excesso de tempo.)
. Sobre "swag", "yuccies" e...