Quero acreditar que as campanhas de solidariedade continuarão em vigor nos próximos meses. Que o instinto de ajudar um desconhecido não é apenas fruto da época. Que o calor das lareiras manterá os corações quentes durante o resto do ano. E se nos restantes meses não se ouve música na rua, então que a continuemos a cantarolar.
Não limitem o nascimento de momentos felizes e de partilha ao dia 25. Dividam um almoço com a família quando sentirem vontade de o fazer. Ofereçam peças de vestuário, alimentos ou, simplesmente, atenção a alguém quando se cruzarem com quem necessita. Surpreendam quem amam com um presente sempre que quiserem ser os pintores de um sorriso.
Ary dos Santos escreveu e Paulo de Carvalho cantou: "O Natal é quando um homem quiser".
Talvez tenha sido por volta de meados do século XVI que os frutos e legumes começaram a “sair das cascas”.
Nessa época, Camões registou o acontecimento com os seguintes versos d’Os Lusíadas:
“Os formosos limões ali, cheirando,
Estão virgíneas tetas imitando”
Também nas mãos de Arcimboldo, contemporâneo do poeta português, o reino vegetal deu origem a figuras com fisionomia humana.
Eu, que não sou tão importante como os supracitados, vou apenas partilhar convosco estas fotografias:
Detalhe, noutro ângulo, de um kiwi presente na fotografia anterior
Tenho a certeza que muitos de vós também encontram semelhanças entre estes alimentos e o Homem (o homem, mais especificamente)…
Se a temática vos agrada, podem testar a vossa mente perversa no post “Dirty mind”, do Homem Sem Blogue, com quem comentei inicialmente a forma peculiar do kiwi.
. Ontem. Ou quando um Homem...