Várias tentativas de chamada de números privados. Odeio números privados. Por motivos óbvios. São para a telefonosfera o que os “anónimos” são para a blogosfera.
Após muitas chamadas perdidas, decidi atender. Ouço imediatamente um “pi, pi, piiiii…..”. Pipi, um raio!
Ligaram de novo. Atendi, mas sem falar. Do outro lado, nem um “piu”. Estivemos uns dez segundos em comunicação não verbal (que, ao telefone, adianta imenso), até desligarem do outro lado.
E mais uma voltinha!!! (Com aquela voz dos carrocéis.) Sim, voltaram a ligar algumas vezes. Carreguei sempre no botão “desligar”.
Já a começar a entrar em ebulição, decidi atender, novamente sem emitir ruídos. Ouvi um “Está sim, é a Sra. BB? Daqui fala não sei quem, (blá blá blá)”.
Eu fiz um pedido de cancelamento de serviços, no dia 16 de Julho, na loja (e posteriormente por contacto telefónico). Aquando desse pedido, mencionei as razões da minha decisão – alteração de local de residência – e respondi a algumas questões. Pensava que estava tudo encaminhado. Mas voltam a ligar-me hoje, aquelas sanguessugas de paciência. A insistir, para eu repensar a minha escolha! Mantendo um tom educado, com alguma dificuldade, lá explicitei a minha vontade: “Ouça, eu já pedi o cancelamento do contrato, apressem-se mas é a cumprir com as vossas funções”.
E a explosão aconteceu quando a senhora, do outro lado da linha, me disse que o serviço seria cancelado até dia 5 de Agosto. (Para quem não sabe, existe um prazo de quinze dias após o pedido, para os serviços serem cancelados). Informei-a (porque aparentemente eles não sabem fazer cálculos simples) que o prazo de quinze dias não abrangia o dia 5 de Agosto.
Começou a mencionar aspetos relativos à faturação, que nada se relacionavam com o assunto em questão.
“Vá, prossiga a conversa, de forma a concluí-la.”.