Numa perfeita coincidência, foram criados os nossos cadernos brancos – agora já tão locupletos de palavras –, avançámos para a coabitação de um lar com os nossos rapazes e encontrámos uma segunda casa, batraquiana, onde nos tornámos vizinhas.
Podem passar-se largos meses sem que visitemos o site da Ryanair mas, quando o fazemos, acontece na mesma semana. Partilhamos o mês e o distrito que nos viram nascer. Partilhamos paixões e convicções. Partilhamos um conto, ainda em contrução. Não lhe conheço a cara, mas conheço-lhe as palavras.
Se houver um qualquer mecanismo de transmissão de pensamentos, eu e a Maria das Palavras somos certamente dois dos peões parceiros, neste jogo da mente. Acredito que não é necessário escrevê-lo, para que ela o saiba. Mas - não vá o universo andar distraído com toda esta beleza da primavera, da poesia, do eclipse, do dia do pai e do dia da felicidade – é melhor não arriscar: desejo-te um feliz aniversário, Moça das Palavras.