Não é para ser do contra, a sério que não, mas qual é a piada do Halloween? “Ah, é para nos mascararmos”. Para isso, já temos o Carnaval. “Ah, é porque os ingleses festejam o álô in e eu também quero”. Pois, mas nem sequer sabem a origem do alô in, ou sabem?
Que raio de espécie de dia festivo é este? Bruxas, abóboras, doçuras, travessuras, coisas aleatórias. Esqueçam, não tem piada.
O Dia do Bolinho, sim, agitou os meus pensamentos em muitos anos da minha infância. Dia do Bolinho, dia 1 de novembro, Dia de Todos os Santos ou dia do aniversário do meu avô materno.
Acordava bem-humorada, ia ter com os meus amigos da aldeia ao ponto de encontro combinado e levava um saco de plástico escondido na mala. Começava assim a manhã de companheirismo e brincadeiras, durante a qual batíamos às portas dos nossos conterrâneos. Após muitos “és a filha de não sei quem?” e “és a neta do fulano tal?”, regressava a casa com o saco recheado de nozes, gomas, bolinhos, moedas, chocolates, merendeiras, amêndoas de chocolate e, sobretudo, de boas memórias. De seguida, o almoço de família em casa dos meus avós.
Qual Halloween, qual quê?!