Evito-o, talvez porque o compromisso me faz sentir asfixiada. Estava tudo bem entre nós até se aproximar a grande data. E, com ela, uma pressão complementar.
Temos alguns alguns momentos de estabilidade. Nesta fase, têm sido muitos os de fraqueza e desinteresse. Era suposto passarmos mais tempo juntos, todavia sou adepta de encontros fugazes. Sinto-me uma traidora. O interesse é pouco, nesta época em que queria mais tempo para mim. Evito-o. Com ele sinto-me menos criativa, menos eu.
Evito-o agora, escrevendo estas palavras. Evitei-o há pouco quando me fingi necessitada de comida, para me afastar, por momentos, na cozinha. Evitei-o ontem, quando fui visitar o meu irmão a Lisboa e concentrei a minha atenção no sushi que fez, com tanto carinho, para a família. Evitei-o. Ao estudo.
Não sou apreciadora dos caixotes metálicos e claustrofóbicos destinados a transportar pessoas, pelo que entrei contrariada no elevador, como sempre. Carreguei no botão associado ao destino que pretendia e a porta prateada do elevador deslizou até se fechar completamente. Ansiei algum tempo pelo término da viagem, que me estava a parecer demasiado demorada. Troquei um olhar confuso com o H., que também mostrou alguma inquietação.
- O elevador está parado, não está?! - perguntei.
Acenou afirmativamente com a cabeça, confirmando o meu pior receio. Já a ficar com a visão um pouco turva, carreguei no botão para abrir a porta.
Esta abriu-se de imediato e concluí que continuávamos no piso inicial.
No futuro (um futuro muito distante, espero), experimentarei carregar no botão com o nariz. Pode ser que um macaquinho diga ao elevador que este se deve deslocar para o piso marcado.
Bolachas com cobertura de chocolate? Mham mham!...
Vou abri-las de forma impaciente, antecipando a gulodice uns milissegundos. E vou fazer um movimento desajeitado qualquer, porque assim tiro melhor as bolachas. E esse movimento vai mandá-las contra o ecrã do computador, porque o coitado parece estar com fome.
Lindo serviço!
Estou notavelmente desesperada. Tenho andado mais ou menos atenta às malas há já algum tempo (dentro daquilo que a minha paciência para compras permite), nas lojas por onde passo ou em sites. Mas nada me agrada. Nada!
És homem e já estás a ponderar terminar por aqui a leitura deste post?
Achas que este tipo de temas não é para ti? Eu esclareço: é. Este post é acerca de malas, portanto é do teu interesse, mesmo que neste momento não te estejas a recordar. Onde é que arrumas as tralhas quando queres andar por aí “à turista”? Exato. É precisamente na mala da namorada/esposa/mãe/avó/irmã/prima/pessoa-do-sexo-feminino-que-está-contigo-e-tem-mala. Agora que te refresquei a memória acerca do quão cativante é o assunto, devias ajudar-me a solucionar este problema (se queres que o karma te continue a possibilitar o uso de malas alheias).
Com vocês, mulheres, já estou a contar! Não é preciso implorar.
Avançando, aqui estão as minhas exigências:
1 – Mala de ombro ou tiracolo. Não quero daquelas para colocar no antebraço e andar com a mão continuamente em supinação, tipo a pedir esmola: não considero prático e tenho receio de ficar - a próxima imagem pode ferir susceptibilidades - assim; (imagem retirada daqui)
2 – Sem padrões enjoativos ou transparências;
3 – Tamanho intermédio (deve ter dimensões que permitam o “alojamento” de um tablet de 10,1’’);
4 – Máximo 50€;
5 – Outras que não estou a recordar. Há sempre um defeito.
Portanto, se encontrarem alguma mala que preencha estes requisitos… digam-me, por favor.
. Com arrependimento, evito...
. Como quase ficar presa nu...
. PC com cobertura de choco...