Somos bocas gémeas.
Na mesma semana em que lhe começa a nascer um dente do siso, um dos meus dá sinais de vida. Ambos na mandíbula, à esquerda. É o amor. ❤
Apesar da perspetiva romântica desta solidariedade dentária, estou aborrecida com a teimosia do dente do siso. Viu quatro irmãos a serem aniquilados. QUATRO. Quatro branquelas foram arrancados da minha boca, um a um, para que a restante família de dentes pudesse ficar alinhada. Posto isto, o cabrão raio do dente do siso ainda acha que há lugar para ele e aparece aqui com esta atitude?!
- aturam uma filha louca chata
- fazem a melhor caldeirada do mundo
- deixaram que a filha conduzisse antes de ter carta de condução
- ensinaram a fazer contas de dividir
- no verão, levavam a garota para o trabalho, onde ela lia Harry Potter e lanchava uma sandes mista
- permitiram que a miúda fosse para a escola primária com batom, porque a mamã não viu (muahahah!)
- desempenham frequentemente a função de taxista particular da filha
- têm um marcado sentido de humor
- não estarão com a filha hoje (mas amanhã não se escapam!)
Feliz Dia do Pai!
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Ontem, fiz questão de comer, de boca aberta, umas deliciosas bolachas de chocolate, até incomodar o Hugo (cansei-me de dizer "H.").
Esbocei algumas caretas à mistura e a expressão dele era super engraçada: algo entre diversão e medo.
Lá se manifestou: “Se tivesses feito isso antes de começarmos a namorar…”
Eu - O que acontecia??
Ele - Nada. Não acontecia absolutamente nada entre nós!
Pff, como se eu alguma vez fizesse aquilo antes de namorar… Nessa fase, comia toda direitinha e, entre cada garfada, limpava obcecadamente o aparelho com a língua. “Ai, e se ele vê uma migalha? Já não vai querer nada comigo! Ui, que horror!”
Tantas preocupações desnecessárias, para agora acabar a fazer figuras tristes propositadamente...
Por obrigação e em ocasiões em que o tempo livre é pouco, cumprir as tarefas domésticas (ou até mesmo pensar nelas, apenas) pode ser motivo de enxaquecas.
No entanto, em certos dias, sou assolada por uma vontade incrível de limpar o pormenor que ninguém vê ou de organizar as gavetas que raramente são abertas. E, quando isto acontece, sinto que não estou a limpar apenas a casa, mas também a mente. Aliás, por vezes, se estou arreliada com algo, as limpezas são quase terapêuticas. Serei a única a ter esta relação de amor-ódio com as tarefas domésticas?!
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Segundo um artigo que li recentemente, todos os apaixonados dizem as seguintes seis frases (acrescentei, a cinzento, as minhas considerações):
- Nunca te vou deixar
- És a primeira pessoa em que penso quando acordo e a última em que penso quando vou dormir
- Ainda sinto o teu cheiro na minha pele - todos os apaixonados devem ter odores corporais intensos. Alternativamente, são obrigados a usar e abusar do perfume. Outra opção é tomarem banho com pouca frequência. De qualquer forma, mesmo que eu preenchesse os requisitos anteriores, penso que não receberia o título de "apaixonada" (a sinusite impede-me, muito frequentemente, de sentir qualquer odor).
- Usar diminutivos como “baby”, “meu bem” e “paixão” quando se fala para a pessoa amada - esta não é uma frase que os enamorados digam. Mas, sim, entendi onde querem chegar...
- Vamos fazer amor - talvez resulte. Com um robot.
- Um momento sem ti é um momento perdido - a malta in love não pode ter outros interesses para além da pessoa amada? Hum...
Após a leitura destes tópicos, fiquei na dúvida quanto às minhas competências como "apaixonada"...
. Eu e ele não somos almas ...
. O Bata&Batom deseja um fe...
. Constrangimentos pré-namo...