Foi em Madrid que tive que me render ao prometido azar da sexta-feira 13. Mas o pior é que este tratamento de choque nem surtiu efeito!
Cena aterrorizadora - I
Chegámos à capital espanhola e entrámos no metro errado.
O destino pretendido não se fez ver e acabámos por chegar ao fim da linha, já sem outros companheiros de viagem. O motor deixou de rugir e tentámos, sem sucesso, abrir as portas. Ninguém na rua. Ninguém no metro. A pressão que depositávamos nos botões era em vão.
Eu adooooro ficar fechada (not), portanto, tal e qual a personificação do pânico, ponderei utilizar o martelo de emergência para quebrar um vidro. (Enquanto isto, os meus companheiros de viagem riam-se, claro.)
Cerca de dez minutos depois da crise de estupidez pânico e de imaginar a chegada do apocalipse, o motorista (visão divina!) atravessou as carruagens, esclarecendo que o metro retomaria o percurso dentro de 20 minutos. Ufa, não foi desta que ficámos presos até ao dia seguinte. A boa disposição voltou e até tirei fotografias à carruagem vazia.
Cena aterrorizadora - II
Tive que utilizar um elevador sem iluminação. Perfeito! Gosto imenso de elevadores e o escuro é a cereja no topo do bolo!
(Agora que já relatei umas parvoíces, vou escrever um "Bata, batom e bilhetes" para contar factos talvez mais interessantes.)
São necessários apenas dois requisitos:
- Ser mais madrugador do que noctívago (ou seja, isto não era para mim);
- Ter um salário suficientemente gordo para amortecer o impacto dos 40€ diários em voos (preço ida-e-volta).
Saber falar espanhol também pode ser útil. Mas vamos lá à minha teoria:
Ao pesquisar o preço de voos Porto-Madrid pela Ryanair, concluí que um trabalhador que habite no Porto e queira trabalhar na capital espanhola teria que acordar pelas 5h30. Faz check-in online e descola no avião das 6h30. Chega a Madrid apenas pelas 8h45, “perdendo” portanto uma hora devido à diferença do fuso horário. Mas, calma, ele vai reaver esse tempo ao fim do dia!
Imagem original aqui
A pessoa em questão trabalharia tal e qual como se estivesse em Portugal, podendo manter a comunicação com quem bem entender, através das inúmeras aplicações que há para telemóvel e que permitem chamadas e envio de mensagens para qualquer país, com acesso a internet.
Et voilà, o(a) trabalhador(a) regressa no voo das 19h35 (hora espanhola), chegando ao Porto às 19h55 (hora portuguesa). Uma viagem de 1h20 que, na realidade, se traduz em 20 minutos! Mesmo a tempo de jantar e de passar o serão em família. Claro que não é o ideal, mas é possível. Além disso, há quem trabalhe dentro do país e dispense ainda mais horas diárias nas deslocações casa-trabalho.
P.S. Infelizmente, não recebo qualquer regalia com esta publicidade à Ryanair.
A Rita teve a louvável iniciativa de me obrigar a dizer "uma coisa boa/óptima/maravilhosa/fantástica" que tenha acontecido em 2014.
Felizmente, tenho motivos para ficar indecisa e sinto-me grata por tal sorte.
Decidi, entre os vários acontecimentos agradáveis, destacar a viagem a Barcelona. A companhia, o local e, claro, o facto de estar de férias e de não ter qualquer preocupação foram responsáveis por sete dias fantásticos!
Saudades desta vista, da piscina do hotel...
A minha paixão por viagens não é segredo e confesso que aprecio mais visitar sites de companhias aéreas e de reserva de hotéis do que sites de moda, sobretudo se puder marcar um voo de ida-e-volta pelo preço de umas calças.
Graças à Rita, que fez trazer à tona algo tão bom de 2014, ficou assim relembrada a rubrica Bata, batom e bilhetes, ultimamente inativa, mas que voltará a ganhar voz em 2015, se tal for possível.
Convido-vos a darem continuidade a este desafio. Partilhem, aqui ou - no caso dos bloggers - nos vossos blogs, uma coisa boa de 2014.
No mesmo registo extremamente educativo dos posts "Como quase perder um voo", trago-vos outra espécie de ensinamento.
Este foi comprovado na semana passada.
Queres tentar ganhar uma hérnia discal, mas não sabes como fazê-lo?
(Imagem original aqui)
Liga para o 707 bata e batom!
Ou então segue estes 10 passos:
1 - Recheias a mala com roupa necessária para cinco ou seis dias. Acrescentas algumas t-shirts e um par de sandálias, que as sapatilhas e os chinelos de dedo não chegam.
2 - Que não te faltem os produtos de higiene em embalagens de tamanho dito "normal", porque supostamente não terás que caminhar longas distâncias com a mala e, portanto, não há qualquer problema se a carga for pesada! O trabalho de transferir os produtos para depósitos pequenos, como acontece quando temos que viajar de avião, é evitado.
3 - Ora bem, se já tens a mala da roupa bem recheada, enches um saco de praia. Escolhes uma toalha grande e pesada, porque é a tua favorita. E adicionas as raquetes, que animarão as tardes de praia.
4 - Juntas muita comida à bagagem, porque és guloso(a).
5 - Mala de roupa, saco de praia... Hum... Acrescenta o saco cama, o colchão de campismo e o computador portátil. Isso mesmo!
6 - Esperas por um telefonema que te faz entender que vais ter que caminhar bastante... E instala-se o pânico, pois concluis que tens que abdicar de tralhas, uma vez que a tua estatura não te permite tanta carga. (Há que enfatizar que a tua roupa não está arrumada numa mala de rodinhas, mas sim num saco de desporto, que transportarás ao ombro.)
7 - Em vez de dizeres um "olá, dores de costas!", metes mãos à obra e reorganizas a bagagem, já sem as sapatilhas e, portanto, sem meias. Livras-te das t-shirts que consideraste como "suplentes".
8- Desfazes-te de alguns produtos de beleza, porque a preocupação com a coluna vertebral ultrapassa qualquer desassossego estético. (Mas manténs as raquetes. Nunca se abdica da diversão!)
9 - Descobres ainda, com felicidade, que o colchão de campismo não é necessário.
10 - Congratulas-te porque a hérnia discal ficou à distância de um quase!
"O telemóvel novo permite tirar fotos panorâmicas?!
E até eu, que sou uma naba com fotografias, consigo fazer isto?"
Resultado: Lisboa e Mira muito... panorAMADOS!
(Clicar nas fotografias para ampliar)
Terreiro do Paço
Chiado
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