Tentei começar a estudar, depois de ter feito apenas dois exames numa tarde, mas fui interrompida por uma epifania musical:
Bem-vindos ao mundo desencantado dos exames,
Onde falta tempo, paciência e memória.
A matéria, imensa, não pára de crescer;
Esta é a minha história!
O mundo dos exames é na faculdade,
Onde o estudo tem mais fantasiiiia!
Exames, exames,
Eles são a nossa maior melancolia!
Pronto, e agora vou estudar. Acho que cantar a minha adaptação da música da Leopoldina aos professores não me safa.
No salão da cabeleireira, fiz deslizar o feed de notícias do Facebook no ecrã do telemóvel, enquanto esperava pela minha vez. Sim, eu sou uma comum mortal que acede a uma rede social contaminada por informações desinteressantes, como fazem quase todos os outros seres humanos.
Vi estas publicações, quase seguidas:
E percebi que está oficialmente na moda divulgar “5 dicas para não sei o quê”, “7 frases que cenas” ou “três passos para qualquer coisa”. No momento em que me apercebi disso, fiquei oficialmente enjoada deste tipo de elixires de sabedoria suprema.
(Eu sei, também fiz uma coisa dessas. Mas o passado fica no passado.)
Portanto, o que me dizem os senhores jornalistas de seguirem as minhas cinco dicas para não dar dicas?
1 - Evite apresentar a informação por tópicos.
2 - Suponha que as palavras “dicas”, “frases” e “passos” deixaram de constar do dicionário.
3 - Não apresente números – sobretudo ímpares – no título do seu artigo.
4 - Mentalize-se que é evitado escrever (pela milésima vez) que para emagrecer devemos “cortar nos doces” ou que para seduzirmos o homem ideal devemos “caprichar no andar” e “apostar na maquilhagem”.
5 - Levante o cu da cadeira, desligue o computador e dê um passeio ao ar livre. Vai ver que a criatividade volta a dar sinais de vida e que os seus textos terão um conteúdo bem mais original do que uma lista de dicas.
Quando o longínquo (not!) ano passado já estava mesmo a queimar os últimos cartuchos, foram relembrados alguns dos posts publicados em 2014. Podem espreitar a lista aqui:
O "Dezanove dedos e um co(n)to" foi um dos mencionados, pois aparentemente contribuiu para alguns risos!
Volto a partilhá-lo:
Conheci um senhor idoso, daqueles a quem a vida trouxe autoconfiança e sabedoria. Um bom humorista, também. Qualquer que fosse a expressão facial que ele fizesse, eu iria achar piada. Como a indignação que esboçou quando o atacaram com a pistola de água. Ou a expressão que fez quando contou que se fartou de ver o seu dedo - cortado por acidente – preservado num frasco e decidiu colocá-lo no bolso de um defunto (seu antigo vizinho), tendo portanto parte de si já enterrada. Ou quando mencionou que um amigo já comprou o caixão. E que tem música. Ou quando se ria da esposa, que me questionava repetidamente acerca do meu parentesco.
Se são de riso difícil e não ficaram convencidos com a piada do velhote, experimentem ler esta anedota.
É a primeira sexta-feira de 2015 e aquele dia em que o meu avô vai dizer "hoje vi um homem com tantos olhos quanto dias tem o ano".
Impressionante. Se não fosse dia 2.
Mas, como eu dizia, é a primeira sexta-feira e, por isso, o primeiro Art's friday de 2015. Não sou de superstições de fim/início de ano, mas pelo menos há que começá-lo bem: quero divulgar algo que me seja importante.
Apresento-vos uma das melhores coisas que me aconteceu em 2014:
Rita Ventura: voz
Nuno Santos - guitarra/voz
Filipe Lopes - piano
Sérgio Mónico - baixo/contrabaixo
Nilton Santos - percussão
Dora Ribeiro (eu) - violino
Unidos por amizade, boa disposição e uma forte paixão pela música, somos os SILK.
Podem conhecer melhor este projeto na nossa página de Facebook e, se lá deixarem o vosso "Gosto", terão acesso a fotos, vídeos e atualizações dos nossos concertos. Não vou selecionar apenas um vídeo: podem ver aqui os que já foram divulgados.
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