Hoje não vou escrever acerca de leite cor-de-rosa. Nem testemunharei histórias divertidas. Por norma, não consigo afastar o sentido de humor ou o sarcasmo da minha escrita. Escrevo acerca do que me faz sorrir e sorrio acerca do que escrevo. 

Hoje não. Não tenho nada útil ou divertido para vos contar. Mas há algo que posso partilhar. Antes da bata e do batom, ela já cá estava.

Porque nunca falei dela, então?

Bem, porque não tenho o hábito de a verbalizar, é ela que me "verbaliza", através da fricção do arco nas cordas: as desafinações revelam se estou desconcentrada, as notas graves predominam em dias de conformação e as agudas nascem se é momento de arriscar. 

De manhã, a noiva entrou na igreja, caminhando com passos curtos para um grande passo.
A horas e quilómetros de distância, a vocalista dançará ao ritmo da música.
E eu acompanho-as, com o violino, nessas alegrias.

Já que estamos em época de férias, vou contar-vos algo que me aconteceu durante uma viagem, quando eu tinha cerca de seis anos.

Local de partida: Benidorm. Local de destino: Ibiza. Via marítima.

Pelos vistos, podemos encontrar, nesta ilha, instrumentos sexuais com propriedades vibratórias no supermercado, junto às caixas, no local onde habitualmente vemos pastilhas ou chocolates. E, segundo a minha mãe, mostrei curiosidade naqueles objetos coloridos, fazendo questão de perguntar qual a sua utilidade. O que responderiam?!

Dilema da minha mãe: “digo-lhe que é um brinquedo e a miúda começa a dizer que o quer ou começo a andar rapidamente, finjo que estou ocupada e ignoro?”. A segunda é bem melhor, também concordo. Mas, quando deu conta, já estava a sair do supermercado com um champô nas mãos. Por pagar. Voltou para trás. Acabou por fazer a sua compra de forma convencional (e legal) e ainda se safou de ter a filha de seis anos a fazer birra para ter um vibrador, em pleno supermercado. 

Obrigada, mãe, por salvares a minha reputação.

O Blogs Sapo propõe aos seus bloggers temas para posts.

Pode ser algo simples, como “Qual é o seu gelado preferido para combater o calor?”. Basta responder e adicionar a tag “inspira-me”.

E inicialmente pensei: “Oh, eu quero é o desafio de ter as minhas próprias ideias, não vou responder a isto!”. Mas, depois de verificar como se participa, reconsiderei e até me parece uma grande ideia. É uma oportunidade de conhecer outros pareceres, outros bloggers e até mesmo de ter noção, de um ponto de vista estatístico, da opinião predominante acerca de um assunto.

 

Voltando à questão inicial, o que me ocorreu, ainda antes de pensar em algum gelado em específico, foi uma expressão que aprendi com a “Flávia, a pré-adolescente sarcástica”. Lembram-se dela, na Mixórdia de Temáticas?

Podem ouvi-la aqui, 3’06’’: “Adoro! Não há disto em gelado para comer à sobremesa também?”.

 

Épico. Revolucionou o modo como respondo a quem me aborrece. Fiquei fã da Flávia! Chego mesmo a achar que esta miúda combateria o calor com o sarcasmo. Mas já que o sapito me perguntou a mim e não à Flávia: combater o calor com um Magnum Double Caramelo é algo que não me importo de fazer.

 

 

 Imagem original aqui

O leite dos hipopótamos fêmea (hipopótamas era mais divertido, mas vou tentar manter-me linguisticamente correta) é cor-de-rosa. 

Leite cor-de-rosa.

Agora já podemos perceber porque é que a Popota é pindérica. É pinderiquices logo à nascença, coitada. Talvez ela até seja um Popoto. Um hipopótamo travesti, influenciado pela cor do leite...

E porque é que a secreção láctea dos hipopótamos é cor-de-rosa?

Estes mamíferos de grande porte (não, não estou a falar de apresentadores de "O Preço Certo") defendem-se das queimaduras solares através de secreções ácidas de cor avermelhada. Uma pequena quantidade destas secreções pigmenta o leite et voilà! 

Foi há uns meses, numa época de muito trabalho.

Decidi fazer uma pausa e divagar um pouco. Adoro viajar e comecei a sonhar acordada, enquanto visitava sites de companhias aéreas e procurava destinos possíveis para as próximas férias! Encontrei a minha motivação: Barcelona, ida e volta, 50€/pessoa.

Reservámos. Ah, assim sim, já podia voltar ao trabalho e estorricar os miolos. A motivação regressara.

Portanto, daqui a umas semanas, voaremos até à segunda maior cidade da Península Ibérica! Há que começar a preparar o roteiro da viagem: monumentos, museus, parques, atrações, praias.

Mas é aconselhável não abusar nos museus de arte...

 

 

Porque esta é a reação do H. a esses pontos turísticos. Não fica com a cara transformada num borrão - isso foi feito com um programa de edição de imagens -, mas deita-se e senta-se em tudo o que é bancos e sofás.

 

E o interesse dele nos saldos é semelhante. No entanto, esses vão merecer a minha visita, mesmo que ele não vá! [riso maquiavélico]