Hoje trago-vos uma sugestão de leitura para o fim de semana: conheçam os "Retalhos da vida de Arlindo", escritos pelo José, um homem sábio, bem-humorado e que domina a arte da escrita.
Este conto foi partilhado no nosso blog A três mãos, que está órfão de mãe, mas os dois pais tomam bem conta dele até que eu ultrapasse esta exigente época de avaliações. Acreditem que se lê num ápice e ainda ficamos a ansiar por mais.
Verifiquem o dom do José para surpreender os leitores no término de cada capítulo. Basta clicar aqui. Boas leituras!
Vamos lá tentar justificar a minha recomendação, sem revelar mais do que o trailer ou a sinopse.
1) A originalidade do enredo.
Em 1908, nasceu Adaline. 27 anos depois, teve um acidente e é aqui que começa a parte interessante. Através de um mecanismo fictício - que, segundo o narrador, viria a ser descoberto em 2030 e não sei quantos - e que envolve hipotermia, um relâmpago e alterações ao nível dos telómeros, Adaline deixa de envelhecer durante quase 80 anos. Note-se que ela tinha uma filha (que a certa altura parece ser sua avó).
Normalmente sou um pouco cética relativamente a estes "milagres" científicos que o cinema nos tenta impingir. Mas neste caso acho que a ideia está bem conseguida: pegaram no tema que mereceu o Nobel da Medicina e Fisiologia em 2009: os telómeros e o envelhecimento celular.
2) A imprevisibilidade
É um dos principais fatores para eu apreciar um filme. Esperem até chegar o Harrison Ford... (Rrrg, queria contar tudo, mas não posso. Que raiva!)
3) O romance.
Inicialmente Adaline não se quer envolver numa relação amorosa, uma vez que esta sem a possibilidade de envelhecerem juntos não lhe parece fazer sentido. (E nós estamos deste lado a torcer para que ela se deixe ir na conversa do Ellis, um tipo decente e charmoso que, pelos vistos, também entra n'A Guerra dos Tronos.)
1) Uma tarde de pesca na Lagoa da Ervideira
As pernas dele; um dos coitados que mordeu o anzol (só ao fim da tarde) e os meus pés com um bronze invejável.
2) Ver o filme "A idade de Adaline"
Entretanto escrevo um post sobre o assunto!
Desengane-se quem acha que trabalhar - ou procrastinar - no computador não exige cuidados. Por um lado, temos que ter atenção à postura. E já todos sabemos isso, não é? (Mas culpada me confesso: esqueço-me frequentemente que não devia fletir a perna e sentar-me em cima dela até deixar de sentir a desgraçada.)
Por outro lado, os nossos olhos também se queixam se nos desleixarmos em frente ao PC. Não se admirem se sentirem a “visão cansada” - olhos secos e irritados; dificuldades na focagem -, associada a dores de cabeça. Antes de mais, há que ir ao oftalmologista verificar se está tudo em ordem, que até podem necessitar de lentes e nem sabem! Depois, convém adotar algumas técnicas protetoras. Há já algum tempo que faço pausas para focar o olhar em pontos mais distantes, depois de estar muito tempo seguido no PC. Mas a verdade é que só me lembro de o fazer quando já sinto que a visão não está 100%.
Foi então que descobri a extensão “eyeCare” para o Chrome. De 20 em 20 minutos (este é o intervalo aconselhado, mas podem alterar), somos notificados para fechar um pouco os olhos/pestanegar várias vezes/focarmos um ponto distante, para bem da nossa visão.
Clicar na imagem para aumentar
Esta notificação invade o monitor mesmo que o Chrome esteja minimizado (não me livrei dela quando estava a trabalhar no word) e o seu conteúdo pode ser modificado: basta carregar no olho do canto superior direito do ecrã para aceder às opções da extensão.
Instalar aqui.
Em pleno Dia da Liberdade, acho que posso cometer a loucura de publicar um Art’s Friday atrasado. Não tendo cravos para vos dar, ofereço uma sugestão cultural: Dinis e Isabel: Conto de Primavera.
Ainda há pouco tempo mencionei o casal real, devido ao Dia das Sestas, e durante a semana deparei-me com esta imagem:
O tema do teatro interessou-me imediatamente e confesso que também fiquei entusiasmada ao reconhecer o ator Filipe Duarte.
Por um preço acessível (preço normal: 10€; estudantes: 5€) pude ver uma fantástica adaptação do conto de António Patrício, que expõe a vida do casal após o milagre das rosas. E recomendo mesmo. Vejam bem as razões:
1º - A originalidade do espetáculo.
Primeiro, tivemos direito a uma sessão de cinema, filmada no Castelo de Leiria e no Mosteiro de Santa Clara-A-Velha. Depois, deslocámo-nos até dentro do mosteiro (cenário que tínhamos acabado de ver nas filmagens!) e ficámos a metros (por vezes, centímetros) dos atores. Estávamos de pé à volta deles, atrás das linhas marcadas no chão com fita-cola branca, mas acredito que as varizes tenham ficado demasiado impressionadas com o teatro para quererem algo connosco.
2º - A excelência dos atores. Senti-me envolvida no enredo, o que prova a competência destes profissionais.
Deverão conhecer os atores Filipe Duarte e Márcia Breia (se até eu conheço e não vejo novelas). Mas atenção, senhoras: não se entusiasmem com o charme do Filipe, que a Rainha Isabel de Aragão é interpretada pela sua namorada, a castelhana Nuria Mencía.
3º - O facto de se focarem na relação conjugal - não sendo uma peça demasiado exaustiva em dados históricos - o que agrada aos que, como eu, são românticos.
4º - A beleza do cenário. Passo a maior parte do meu tempo em Coimbra e, até ontem, nunca tinha entrado no Mosteiro de Santa Clara-A-Velha.
5º - A desculpa para passear junto ao Mondego, ao fim da tarde.
(E tirar fotos panorâmicas sobre a ponte, onde se vê o céu carregadinho de nuvens, a prometer uma valente chuvada.)
Os interessados poderão assistir hoje ou no próximo fim de semana - dias 1 e 2 de maio - à peça Dinis e Isabel: Conto de Primavera, pelas 21h30, no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. Mais informações aqui.
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